domingo, 16 de setembro de 2007

Grêmio bate Inter e fica perto do G4


Ganhar Gre-Nal é bom. Ganhar Gre-Nal e encaminhar vaga na Libertadores é melhor ainda. Ganhar Gre-Nal, encaminhar vaga na Libertadores e, de quebra, praticamente aniquilar os sonhos de classificação do rival é motivo para delírio. Neste domingo, o Grêmio foi mais competente e bateu o Inter por 1 a 0 no Olímpico. O resultado aproxima os azuis da principal competição continental e deixa os vermelhos a ver navios. Deve restar apenas a Sul-Americana para o time do Beira-Rio.

O Grêmio subiu para 41 pontos, em quinto, a um pontinho do grupo de classificados para a Libertadores. O Inter, ainda com 35, só busca a vaga com um milagre dos grandes. Na próxima rodada, o Tricolor recebe o Santos no sábado, e o Colorado visita o Atlético-MG no domingo.

Foi um belo primeiro tempo. A pegada tradicional dos clássicos não ficou fora de cena, mas desta vez esteve acompanhada por uma boa dose de qualidade técnica. O jogo, logo cedo, mostrou que seria composto por alternativas de lado a lado.

O Inter começou assustando. O relógio tinha acabado de dar o primeiro giro quando Adriano pegou um rebote pela esquerda e mandou no poste de Saja. O lado azul do Olímpico engoliu em seco. A parte vermelha ensaiou uma festa, mas também teve que suspender a respiração por alguns segundos. É que Tuta recebeu lançamento primoroso de Sandro, dominou e chutou mal, à direita de Renan.

O goleiro colorado virou personagem aos 12 minutos. Primeiro, saiu mal e permitiu que Diego Souza cabeceasse no poste. Foi o ensaio do gol. Logo depois, ele espalmou sem força uma testada de Jonas. No rebote, Tuta deixou a bola na cabeça de Leo, que só desviou para o gol: 1 a 0.

O Grêmio ganhava no detalhe. Era um jogo parelho ao extremo. O Inter tentou a todo custo martelar para cima do Grêmio, mas a solidez do time de Mano Menezes não se desfez. Aos 16, Saja saiu com precisão nos pés de Adriano. Aos 21, Guiñazu deixou de calcanhar para Fernandão. Saja pegou o chute do capitão. Aos 28, Roger teve o gol à disposição ao pegar um rebote, mas a conclusão foi ruim, para fora. Em seguida, Jonas, sozinho, perdeu a chance de ampliar de cabeça.

O Inter perdeu o primeiro tempo, mas teve capacidade para igualar o jogo. Da mesma forma que levou um gol, poderia ter feito. Mas a etapa final teve alma diferente. Atrapalhado com a bola, afobado nos passes, o Colorado não soube manter a bola consigo. Ela ia para o ataque, batia e voltava. Nem a entrada de Gil resolveu a questão. Fernandão, sumido, ficou o tempo todo vendo os lances passarem por cima da cabeça dele.

Era o Grêmio quem mais ameaçava. Aos 12 minutos, Tuta, de bicicleta, lançou para Marreta. O atacante partiu em disparada e faria o gol se Alex não travasse com perfeição na hora do chute.

O Inter seguiu mal das pernas. Não tinha cara de que faria o gol. Pelo contrário: parecia disposto a oferecer mais um para o rival. Aos 29, teria acontecido, mas Renan fez defesa espantosa em cabeceio de William. O duelo estava fadado a terminar mesmo com vitória simples dos mandantes.

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